AS BOAS PERSPECTIVAS PARA O E-COMMERCE NO BRASIL E NA AMÉRICA LATINA

De acordo com pesquisa da eMarketer, a porcentagem de usuários de internet latino-americanos que farão pelo menos uma compra online será de 51,1% em 2021

 

por Thiago Chueiri*

Boas notícias para o varejo online na América Latina, especialmente no Brasil. Estudos recentes apontam que, seguindo uma tendência mundial de consolidação e expansão, o comércio digital continuará a crescer na região.

De acordo com pesquisa da eMarketer, a porcentagem de usuários de internet latino-americanos que farão pelo menos uma compra online será de 51,1% em 2021. Em 2016 eram 47,2%, e este ano são 48,8%, sendo que, ao final de 2017, o país com maior índice de compradores online na região será a Argentina (55,7%). O Brasil fechará com 47,7%, mas irá gerar a maior receita de vendas, chegando a US$ 16,05 bilhões.

Isso demonstra, de maneira inequívoca, que os consumidores e varejistas brasileiros estão prontos para absorver o e-commerce e, principalmente, as novas tecnologias de pagamentos eletrônicos, que garantem rapidez e segurança ao processo.

 

Embora os usuários de dispositivos móveis gastem mais tempo visitando e-commerces, são os clientes na frente do computador que compram mais

Os dados da eMarketer também revelam as peculiaridades dos países da América Latina no que diz respeito às tendências de compras e aos métodos de pagamento. No Brasil, os consumidores preferem comprar roupas, sapatos e dispositivos eletrônicos, enquanto na Argentina e no México predominam ingressos e passagens.

Na hora de finalizar a transação, cerca de 60% dos compradores mexicanos já utilizaram PayPal como forma de pagamento, enquanto, no Brasil e, principalmente, na Argentina, o cartão de crédito é o método preferido (77% e 88%, respectivamente).

Nesse contexto, é importante lembrar o crescimento do uso do celular como ferramenta de compras online: os smartphones já respondem por 20% das receitas do comércio digital latino-americano, segundo estudo da comScore. Mas é preciso observar que, embora os usuários de dispositivos móveis gastem mais tempo visitando e-commerces, são os clientes na frente do computador que compram mais.

Ainda de acordo com a comScore, mais da metade dos internautas latino-americanos visita sites de comércio eletrônico. No entanto, no momento crucial da transação, apenas 35% das compras são feitas no ambiente virtual. Ou seja, um dos desafios para os negócios online da região é fazer com que os internautas optem por comprar via web, em vez de ir até uma loja física para adquirir o produto.

O custo de entrega é um dos obstáculos para que isso aconteça, já que os pesquisadores da comScore descobriram que 3 de 5 compradores estão dispostos a abandonar a transação quando há uma taxa extra para envio da mercadoria.

Outro ponto crucial é a segurança: a Euromonitor apurou que cerca de 47% dos brasileiros ainda preferem não compartilhar suas informações financeiras em ambientes virtuais. Contudo, é um índice que tende a cair com a disseminação das carteiras digitais como o PayPal, que protege a compra online por meio da criptografia de dados pessoais e de monitoramento em tempo integral, prevenindo fraudes e roubo de informações. Já são 7,8 milhões de usuários ativos na América Latina e 3 milhões no Brasil. As digital wallets são a “senha” para que o e-commerce no País e na região fique cada vez mais forte.

(*) Thiago Chueiri é diretor de Desenvolvimento de Negócios do PayPal Brasil

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